Como montar uma carteira de investimentos? Muitas dúvidas surgem quando começamos a investir e isso ocorre por diversas razões:
- Não fomos educados financeiramente
- Existem MUITAS opções disponíveis
- Medo de tomar risco
- Insegurança nas decisões
Dessa forma, ainda que a gente consiga poupar mensalmente, esse dinheiro acaba ficando parado em investimentos de baixíssima rentabilidade, como a poupança, pois é a única opção que “conhecemos”.
Esse artigo vai mostrar para você como montar uma carteira de investimentos em 5 passos e de acordo com os seus objetivos, necessidades e perfil de risco.
Investimentos e alimentação: não existe receita igual para todos
Certamente, em algum momento da vida, você fez uma consulta com um nutricionista. Chegando em casa, ao ler a dieta recomendada, percebeu que ela era diferente da dieta sugerida ao seu amigo. Da mesma forma que esta era diferente da dieta recomendada ao seus pais e por aí vai…
Está longe do meu papel dar dicas de nutrição em um blog de finanças, mas essas diferenças ocorrem, pois cada um de nós possui carências e necessidade distintas: uns querem emagrecer, outros ganhar massa magra ou ainda suprir alguma deficiência nutricional.
No final das contas, diferentes objetivos e estilos de vida levarão a diferentes recomendações por parte dos profissionais da nutrição. No mundo dos investimentos não é muito diferente disso. Existem inúmeras “receitas” possíveis e replicar a receita do seu amigo nos seus investimentos pode não ser o melhor caminho.
Então, tenha em mente que cada estratégia de investimentos é única e deve respeitar suas peculiaridades como investidor. Não existe receita mágica de 2% ao mês sem risco, assim como não existe pílula mágica emagrecedora sem esforços.
Tendo isso claro, vamos às 5 dicas para como montar uma carteira de investimentos:
Construa o hábito de poupar e saiba seus objetivos
Poupar, assim como ter uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, é uma questão de hábito. A gente começa aos poucos, às vezes indo à academia 2x na semana e quando vê já está indo todos os dias, até com horário reservado na agenda especialmente para isso.
O ato de poupar deve ser tratado da mesma forma, com aportes mensais constantes e um olhar atento para os gastos, a fim de verificar para onde está sendo destinada nossa receita.
Imagine alguém que faz exercícios sem nenhuma frequência, pratica em uma semana, fica duas parado. Com certeza essa ausência de constância não levará a bons resultados. Constância e disciplina são essenciais e nos investimentos ocorre da mesma forma.
Esse hábito se torna muito mais palpável quando temos objetivos claros elencados, seja a compra de um imóvel, aposentadoria ou uma viagem.
Assim, antes de aplicar em qualquer ativo, é necessário que você tenha em mente quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo. A partir disso, fica muito mais fácil organizar suas aplicações, afinal se você quer comprar um carro novo em 2 anos, não faz sentido aplicar em uma Renda Fixa muito longa ou em ativos de risco elevado.
Da mesma forma que se sua perspectiva é de 10 anos, aplicar em ativos pouco rentáveis e com alta liquidez não fará sentido, vez que você estará perdendo grandes oportunidades.
Reserve um percentual para liquidez
Seguindo nossa comparação com a alimentação, essa reserva seria como aquela maçã que sempre temos na bolsa ou na mochila para os momentos de fome que surgem ao longo do dia.
Independentemente dos objetivos elencados no item 1, é sempre importante reservar um percentual que seja facilmente resgatável e que não sofra grandes oscilações. Isso é o que chamamos de “reserva de emergência”. Para entender melhor sobre essa reserva, confira nosso artigo!
Entenda seu perfil de risco
De maneira geral, as corretoras de investimentos definem 3 possíveis perfis de risco, são eles:
- Conservador
- Moderado
- Agressivo
É claro que estas definições servem apenas como balizadores para entender que determinados ativos podem não fazer sentido para alguns investidores. Além disso, a definição do perfil vai muito além dessas classificações. Exemplo disso é que um investidor agressivo com horizonte de curto prazo terá uma carteira distinta daquele também agressivo, mas com objetivos de longo prazo.
Outro exemplo é a possibilidade de um investidor conservador possuir uma pequena parcela do seu patrimônio em ativos de renda variável. Ou seja, não é que ele deva evitar totalmente determinados investimentos com maior volatilidade, mas sim que deve ter cuidado na dosagem, a fim de evitar preocupações futuras.
Como saber em qual desses perfis eu me encaixo?
Quando você abrir sua conta em qualquer corretora de valores, antes de realizar uma aplicação, você terá que preencher o “perfil suitability”, um questionário composto por uma série de perguntas que visa identificar qual o seu perfil.
Diversificação
Voltando à nossa analogia com alimentação, agora que você já sabe quais são seus objetivos, bem como seu perfil de investidor, chegou a hora de “montar o prato”.
Da mesma forma que os nutricionistas recomendam a ingestão de diversos alimentos, montando um prato colorido a fim de consumir diferentes nutrientes, é também recomendado aos investidores um portfólio diversificado de investimentos, com o intuito de se obter rentabilidade nos mais diversos cenários.
Essa diversificação vai muito além de Renda Fixa e Renda Variável. Ao selecionar ativos de Renda Fixa, por exemplo, é interessante diversificar entre:
– Ativos atrelados à inflação, de modo a se proteger de altas desse índice (ao passo que seus gastos com consumo aumentam, a rentabilidade dos seus investimentos também aumentará;
– Ativos atrelados à taxa de juros, que também podem se beneficiar com o aumento da inflação;
– Ativos pré-fixados, de modo que você saberá exatamente qual a rentabilidade esperada, se mantiver o investimento até o prazo determinado
Já nos ativos de Renda Variável, algumas opções de diversificação são:
– Ativos relacionados ao setor imobiliários, como os Fundos Imobiliários que investem em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), os quais podem ter boa performance com a alta do IGP-M, como ocorreu recentemente, ou com algum boom de determinado setor imobiliário;
– BDRs, que são certificados de empresas estrangeiras negociados em dólar aqui no Brasil, o que significa que em momentos de alta da moeda, esses ativos tendem a performar melhor (claro que isso vai variar também conforme a cotação do ativo);
– Ações de empresas brasileiras, o que pode trazer rentabilidade interessante principalmente para aqueles com horizonte de longo prazo. Além disso, ao selecionar as ações, é necessário também diversificar entre os diversos setores existentes, tais como bancos, logística, alimentação, construção civil, siderurgia e a lista vai longe!
Além disso, uma forma simples de diversificar sua carteira de investimentos é por meio de fundos. Os fundos são geridos por profissionais responsáveis por toda a gestão, podendo alocar em ativos de renda fixa, moedas estrangeiras, ações e até mesmo em outros fundos. Entretanto, são diversas as opções disponíveis e a escolha do fundo deve respeitar seus objetivos, prazos e perfil.
Como montar uma carteira de investimentos?Converse com um profissional!
Por fim, da mesma maneira que procuramos um nutricionista para formular uma dieta condizente com nossos objetivos, no mundo dos investimentos também é possível contar com auxílio para formular sua estratégia. Você não precisa se preocupar em aprender tudo sobre cenário político, índices e mercado financeiro. Existe um profissional dedicado exclusivamente a ajudar você nessas escolhas, que é o Assessor de Investimentos.
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