Após conseguir uma moção no início do mês de fevereiro/2021 para permitir que o pacote seja aprovado por maioria simples, diferente da regra habitual dos 60 votos mínimos para decisões de grande impacto, os democratas deram um importante passo para avançar na Câmara dos Representantes o estratosférico pacote de estímulos do novo presidente norte-americano Joe Biden.
Plano de Joe Biden
O plano do presidente dos Estados Unidos apresenta condições de endividamento e gastos públicos numa escala nunca antes vista desde o esforço histórico da nação na Segunda Guerra Mundial.
É considero a maior bazuca fiscal da história moderna, com resultados esperados positivos para a população, mas ainda imprevisíveis no que diz respeito a eventuais efeitos colaterais macroeconômicos.
O principal temor que circula no mercado é que as medidas de Biden possam distanciar ainda mais os governos de políticas de livre mercado (dominantes nos últimos 40 anos), aumentar o intervencionismo estatal e criar inflação elevada.
Resultados esperados
Por conta da gigantesca potência do pacote de estímulo, os resultados esperados estão em dois extremos entre retirar milhões de pessoas do desemprego, melhorar padrão de vida em larga escala e reduzir desigualdade social versus crise financeira e macroeconômica com uma disparada da inflação.
Apoio do FED
Paralelo ao plano de Biden, o FED (Federal Reserve – Banco Central dos Estados Unidos) tem demonstrado jogar do mesmo lado em seus posicionamentos recentes, ressaltando a necessidade de uma política monetária muito acomodativa, sem perspectiva para aumento da FFR (Federal Funds Rate – taxa básica de juros norte-americana) e com maior tolerância/flexibilidade na política de metas de inflação.
Também conta com o apoio importante da nova secretária do Tesouro Nacional, Janet Yellen, que ressalta a necessidade de o governo norte-americano agir grande.
Quando chefiou o Banco Central em 2016, Yellen foi a principal força de defesa da estratégia de estímulos agressivos, conhecida pelos americanos como economia de alta pressão. A estratégia de Yellen no FED foi considerada bem sucedida por ter garantido uma boa recuperação econômica, combinada com inflação baixa e bom desempenho nos preços dos ativos de risco (sem criar volatilidade/incerteza/estresse relevante no mercado).
O plano de Biden tem boas chances de passar pelo Congresso, onde os democratas possuem maioria apertada frente aos republicanos. Posteriormente, seguirá para debate muito acalorado no Senado, já que republicanos e democratas dividem o mesmo número de cadeiras (50 cada). Em caso de empate de votos no Senado, a decisão cairá no colo da vice-presidente Kamala Harris (democrata).
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