O crescimento das plataformas de investimento abertas tem impulsionado o ritmo de evolução do mercado financeiro brasileiro. Fazendo uma simples comparação com a situação observada na década passada, o investidor brasileiro possui hoje uma infinidade de novos produtos e ferramentas que não existiam anteriormente.
Além deste importante movimento impulsionado pelo crescimento das plataformas abertas, a própria B3 tem adotado, nos últimos anos, várias estratégias para desenvolver cada vez mais o mercado de capitais, ainda considerado inexpressivo num país do tamanho do Brasil.
Duas grandes novidades lançadas pela B3 em 2018 foram o microcontrato futuro de S&P500 e os contratos futuros de ações. Com esses novos produtos, agora as operações de hedge, alavancagem ou especulação estão mais acessíveis ao investidor/operador pessoa física.
O micro S&P500 (WSP) reduz significativamente a alavancagem, bem com como margem de garantia necessária exigida até então no contrato futuro de S&P500 grande (ISP). Até o final do ano passado, o investidor/operador que desejava se expor comprado ou vendido no S&P500 através da B3 deveria abrir posição no ISP, onde cada ponto do S&P500 possui valor de 50,00 dólares. Com o WSP, cada ponto do S&P500 possui valor de 2,50 dólares, tornando-o 20 vezes menor que o contrato padrão (grande).
Já os contratos futuros de ações são novidade, pois até então só era possível ao investidor/operador posicionar em ações (comprado ou vendido) através do mercado à vista. Os contratos futuros de ações facilitam a alavancagem e hedge no papel, além de melhorar as condições para especulação. Atualmente, existem contratos futuros para PETR4, VALE3, KROT3, VVAR3, CMIG4, CCRO3, B3SA3, CIEL3, PSSA3, HYPE3, USIM5 e PCAR4.
A próxima novidade que pode ser anunciada em breve pela B3 está na mudança do ciclo de liquidação de D+3 para D+2. Conforme informado pela instituição, estudos realizados por consultorias na Europa e Estados Unidos apontaram oportunidades de aumentar a eficiência no processo de post-trading, trade confirmation e pré-matching, que poderiam reduzir em um dia o nosso ciclo de liquidação atual.
A transformação do ciclo de liquidação para D+2 vai diminuir o risco operacional, reduzir custos (com o processo de post-trading mais eficiente), aumentar a disponibilidade de capital e reduzir o risco de contraparte para investidores individuais, participantes e CCP.
O projeto D+2 foi construído junto com os participantes de mercado e já está na fase de ensaios (simulações). Conforme cronograma da B3, a previsão para implementação do ciclo D+2 está definida para o dia 27/05/2019.
Isso significa que, mantendo o cronograma atual, no final do próximo mês o ciclo de liquidação na B3 passará de D+3 para D+2, marcando mais um grande passo para evolução do mercado nacional.
Havendo eventuais alterações no cronograma da B3, voltaremos a informá-los neste blog.
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