Os preços de várias criptomoedas voltaram a cair forte neste último domingo, o que pode alimentar ainda mais o debate já existente entre analistas, gestores de recursos, instituições financeiras e até mesmo autoridades monetárias no mundo inteiro.
Bitcoin
O Bitcoin, atualmente a principal referência em criptomoedas, voltou a ceder forte no dia de ontem, registrando mais de 50% de queda desde o pico registrado no mês de abril. Essa expressividade do movimento de derretimento de preços é suficiente para considerar uma situação de crash.
A principal criptomoeda chegou a ser negociada aos 31.179,00 dólares, significativamente inferior a máxima de 64.829,00 dólares registrada no mês de abril deste ano.
Ethereum
A Ethereum, outra criptomoeda com certa relevância, acumula uma queda ainda mais forte, em torno de 60%, em relação ao seu topo histórico. Uma criptomoeda de meme popular, conhecida como Dogecoin, também acumula queda de 60% em relação a sua máxima histórica.
Alguns especialistas atribuem o movimento de queda à exuberância irracional do mercado de criptomoedas, tendo em vista os fortes movimentos de aceleração de preços nos últimos meses.
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Impacto do governo chinês
Além disso, cresceram também preocupações com possíveis medidas de regulamentação no setor que poderiam afetar as criptomoedas. Na semana passada, o governo chinês de posicionou de forma mais firme em relação as criptomoedas, mostrando-se claramente avesso a esta modalidade como meio de troca.
O Banco Popular da China alertou que empresas de serviços financeiros e serviços de pagamento não façam negócios com moedas virtuais. Paralelo a isso, as autoridades chinesas estão criando sua própria moeda digital na forma de yuan.
O yuan digital será comandado pela autoridade monetária local, o que irá proporcionar ao governo maior controle sobre a atividade econômica, política monetária e sobre a vida dos cidadãos chineses.
Estima-se que através do yuan digital a eficácia das políticas econômicas iria aumentar significativamente. A moeda digital permitirá, inclusive, maior conhecimento e controle sobre o hábito de vida dos cidadãos, por ser rastreável e programável. Poderá, também, afetar diretamente o comportamento dos gastos dos consumidores, com algumas datas determinadas para expiração da moeda, por exemplo.
Moedas digitais por todo lado
Projetos de moedas digitais de outros banqueiros centrais relevantes estão sendo estudados neste momento. Entre os países desenvolvidos, o BCE (Banco Central Europeu) já afirmou estar avaliando a viabilidade do euro digital.
Diante do crash das criptomoedas, a autoridade monetária europeia também publicou um relatório de estabilidade financeira na semana passada, no qual apontou que os riscos de criptoativos em relação as instituições financeiras parecem limitados.
O relatório fez menção ao aumento de preços do bitcoin a bolhas traumáticas ocorridas no passado, como a mania das Tulipas e a Bolha dos Mares do Sul. Apesar de alguns investidores nstitucionais e empresas não financeiras terem demonstrado certo interesse nas criptomoedas, o fluxo é muito direcionado por investidores de varejo, por conta disso os riscos para o sistema financeiro são considerados baixos.
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