Os ministros das Finanças do G7, grupo formado pelos 7 países mais ricos do planeta (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão), conseguiram chegar a um consenso histórico na reunião presencial realizada na semana passada em Londres. O comunicado oficial do importante encontro divulgado neste último sábado revela avanços relevantes para implementação de um imposto mínimo a nível mundial.
Todos os ministros apoiaram a iniciativa, que foi um dos principais temas da reunião de dois dias.
O projeto do imposto mínimo global tem objetivo de tornar mais justa a distribuição das receitas originadas por grandes empresas. As multinacionais irão pagar impostos a partir da origem da receita e não mais onde estão registradas. Caso implementada, a medida acabará com algumas brechas oferecidas por alguns países que praticam a política de baixa carga tributária.
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Empresas de tecnologia na mira do imposto do G7
Um dos principais alvos do imposto mínimo global são as grandes empresas de tecnologia, muitas delas norte-americanas, onde o recolhimento de lucros saltou significativamente, ao mesmo tempo em que essas empresas se beneficiaram com a pandemia.
Para evitar novas rodadas de guerra fiscal/tributária, as conversas avançaram para que o imposto global sobre as empresas seja de no mínimo 15%.
O ministro britânico de Finanças, Rishi Sunak, que presidiu a reunião em Londres, definiu o acordo como grande marco histórico que deverá impulsionar a discussão para a reunião do G20, grupo mais abrangente por envolver ministros das finanças e banqueiros centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
G20
A reunião do G20 será realizada no mês de julho em Veneza, na Itália. Com o importante avanço no G7 em relação ao imposto mínimo global, espera-se que um acordo formal sobre o tema seja chancelado pelo G20.
A proposta também é defendida pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Segundo o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, a implementação do imposto mínimo global tende acabar com os paraísos fiscais. Atualmente algumas empresas transferem seus lucros para países com baixa tributação como forma de reduzir significativamente sua carga tributária.
Além da tributação mínima global, o G7 avançou na discussão de obrigas as empresas divulgar seus riscos climáticos de forma aberta para toda sociedade. A medida tem objetivo de acelerar a transição energética para práticas mais limpas/sustentáveis, permitindo que fundos de pensão, fundos de investimento, gestores de fortunas e até mesmo investidores individuais tenham mais informações ao comprar ações ou financiar grandes grupos.
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