O mercado respira aliviado após o anúncio de elevação no preço do diesel divulgado ontem a noite pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O clima de ansiedade criado a partir da intervenção do governo na última quinta-feira foi dissipado da melhor forma possível.
Ficou claro que havia desconforto do governo sobre o aumento no preço do diesel, divulgado e cancelado na última quinta-feira pela própria Petrobras, em função da detecção de um movimento de articulação dos caminhoneiros para realização de uma nova paralisação nos moldes daquela observada no ano anterior, que lamentavelmente chegou a paralisar o país inteiro.
A reação do mercado foi muito negativa, onde alguns analistas relembraram os trágicos tempos de intervenções praticadas pelo governo Dilma. Apesar de existir risco de nova paralisação de parte dos caminhoneiros, o governo não pode se colocar numa situação de refém. É preciso consenso para impor ordem, defendendo a economia, bem como a normalidade da vida das pessoas, ao mesmo tempo em que ações preventivas possam ser tomadas para amenizar os ânimos exaltados da categoria.
Após uma atuação pouco astuciosa na semana passada, o governo soube jogar de forma inteligente nesta semana, revertendo todo o viés negativo. O pacote de medidas aos caminhoneiros anunciado na terça-feira representa um apoio à categoria. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai conceder crédito de até 30 mil reais para manutenção dos caminhões. Além disso, serão investidos 2 bilhões de reais em obras rodoviárias.
Diumar Bueno, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), que afirma representar mais de 140 sindicatos e nove federações de motoristas, disse que o pacote é um oxigênio que está sendo dado ao setor.
Entretanto, outras reivindicações da categoria, como piso mínimo do frete rodoviário e a não elevação do preço do diesel foram barradas pelo governo, para alívio do mercado. Na noite desta última quarta-feira, 17/04/2019, a Petrobras anunciou aumento de 4,8% no preço do diesel em suas refinarias.
O aumento no preço do diesel não somente elimina a sensação de intervenção estatal na Petrobras, mas, também, fortalece a importância e peso de Paulo Guedes, ministro da Economia, no governo.
Paulo Guedes participou ativamente das reuniões nesta semana e pode ter sido uma peça-chave para o desfecho da novela Petrobras. Soube defender a autonomia da empresa para praticar livremente sua política de preços conforme metodologia de paridade internacional, recomprando o retorno da transparência ao mercado.
Pode-se considerar que o ministro da Economia vem numa ascensão de poder dentro do governo desde a sua aparição na CCJ, marcada por enfrentamentos diretos com a oposição e transmissão de mensagens duras sobre o nosso futuro. Ao seu estilo caracterizado por certa valentia, Guedes tem conseguido chamar atenção da classe política (principalmente do centrão) para os nossos graves problemas fiscais, conseguindo, consequentemente, atrair mais atenção, aumentando sua importância no governo. De forma bem resumida, Paulo Guedes é a esperança do mercado para destravar o crescimento econômico e equilibrar nossas contas públicas.
Aproveitando-se do clima de tendência de alta, Guedes já adiantou que uma série de medidas relevantes já estão sendo preparadas. Entre elas estão um pacto federativo, redução e simplificação de impostos e privatizações. Agenda dos sonhos para muitos investidores, empresários e consumidores brasileiros. Se obter sucesso, Paulo Guedes poderá ser um dos melhores ministros da história recente no Brasil.
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