Nesse final de semana, os líderes do G20 se encontraram em Osaka, Japão. O tema principal desse encontro foi a “Guerra Comercial” envolvendo EUA e China.
A primeira vez que a relação comercial entre Estados Unidos e China deixou de ser vista como solução e passou a ser encarada como causa de problemas foi em março de 2006. Naquele ano, o então Secretário do Tesouro norte-americano reclamara do tamanho do déficit comercial que os americanos contraíam com os chineses.
Assim, passados 8 anos, o que em 2008 era apenas uma pergunta marginal no debate presidencial entre Barack Obama e Mitt Romney, tornou-se a questão central e tema da campanha de Donald Trump. O então candidato, em meio aos bordões de “make America great again”, foi eleito.

Desde então, o presidente estadunidense segue cumprindo suas promessas de campanha em relação à política de comércio exterior, colocando barreiras e tarifas às importações chinesas, na desenfreada busca de fazer a América “grande novamente”.
Dada a relevância da economia americana e chinesa, conforme suas políticas de comércio exterior foram sendo alteradas, rapidamente se tornaram manchete dos principais meios de comunicação. Tal confronto foi denominado “Guerra Comercial”.
A Guerra Comercial
Com isso, diversos analistas se aprontaram em apresentar avaliações dos possíveis ganhadores da eventual “guerra”, levando em conta apenas o volume de importações e exportações que poderiam ser tarifadas. Entretanto, essa análise se mostrou insuficiente, visto que o que esta disputa vai muito além da balança comercial deficitária estadunidense, incluindo diversos outros aspectos.
Um deles é a possibilidade do PIB chinês ultrapassar o PIB americano nos próximos anos. Diante disso, no curto prazo, Trump impõe novas tarifas e barreiras comerciais para preservar o primeiro lugar no ranking da economia americana no ranking mundial. Já no longo prazo, trata do aumento da competitividade dessas economias, e o próximo meio para alcançá-la é a tecnologia.

No inicio do ano, analistas estimaram que o PIB chinês ultrapassará o americano em 2030.
A tecnologia determina o vencedor
Nesse sentido, a Guerra Comercial é um dos campos de batalha, mas outros flancos também estão sendo abertos, entre eles a disputa por inovações tecnológicas.
Essas inovações transformam o competidor em ganhador, vez que o capacita a produzir mais e melhor, com o mesmo tempo e quantidade de recursos. Em relação à Guerra Comercial, alguns cientistas afirmam que o 5G se trata de uma tecnologia determinante de competitividade.
Resumidamente, a tecnologia propicia uma onda de inovações, ao criar novos produtos, processos produtivos, mercados e um boom de crescimento e desenvolvimento econômico.
Já em relação ao embate tecnológico, alguns analistas internacionais afirmam que a China detém mais competência sobre o 5G e a Huawei, além de líder na venda de smartphones, possui o domínio tecnológico para instalar a infraestrutura para operá-lo.

Desta forma, o que inicialmente era um problema de déficit comercial, tendo como solução a taxação e barreira da balança comercial, evoluiu para uma disputa tecnológica e empresarial. Haja vista o Google, terceira maior empresa mundial, que acordou com o governo americano não operar mais em celulares produzidos pela empresa chinesa.

Portanto, com o passar do tempo, as notícias e análises relacionadas aos desdobramentos dos embates envolvendo China e EUA se tornarão frequentes. Entretanto, dessa vez, estas não estarão mais restritas à Guerra Comercial, passando a analisar também a disputa tecnológica envolvendo empresas e governos e, consequentemente, a disputa por competitividade entre as duas regiões.
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