Este é um resumo do Cenário do Mercado de Capitais no momento com juros nos EUA, mercado global de ações, comportamento do investidor e mais!
1- Volume total do Mercado Global de Ações:

No gráfico acima temos a variação do volume total do Mercado de ações mundial. Hoje estamos em aproximadamente 75 trilhões de US. Logicamente fica evidente a semelhança do gráfico com o gráfico de variação dos principais índices de ações do mundo, inclusive com a bolsa brasileira.
O mais importante dessa imagem é a volume de variação que tivemos desde o “fundo” da crise ocasionada pelos efeitos do COVID19.
Saímos de quase 60 tri para 75 tri uma subida em uma velocidade quase tão rápida como a queda (sendo esta queda a mais rápida da história do mercado de ações mundiais) são quase 13 trilhões de dólares de recuperação em poucas semanas, o que é incomum em momentos de crise. O que pode justificar isso?
Aqueles que nos acompanham aqui pelo blog, webinares ou nossos clientes, saberão responder esta questão rapidamente:
– Primeiro, o tamanho do pacote de socorro e liquidez, que os Governos Centrais dos Estados Unidos, Europa e Japão implantaram nos mercados, representa cerca de 80% do tamanho dessas subidas.

– Segundo, a saída gradual das quarentenas e a precificação de um futuro melhorando (tem data para acabar, diferente de outras crises). Mercado tem levado em consideração também a diferenciação do Investidor entre os efeitos que acontecerão na economia real e na especificidade das empresas no mercado financeiro.
Hoje os investidores se mostram muito mais otimistas nas empresas listadas em bolsa do que na economia real (PIB, desemprego, produtividade, pequenas empresas, setor de serviços…) essas sim devem sofrer por um período prologado até voltar a normalidade (as que conseguirem voltar).
Fato é, sem os pacotes de socorro econômico das grandes economias do mundo, provavelmente ainda estaríamos tendo significativas quedas no mercado.
Para onde devemos ir daqui para frente?
Vai depender da continuidade dos pacotes de estímulo, manutenção de baixas taxas de juros ao redor do mundo e retomada gradual das economias, enquanto esses aspectos forem positivos deveremos ter continuidade na trajetória de recuperação, mas para mim, numa velocidade e amplitude mais lenta do que veio acontecendo até agora.
2 – Perspectivas da taxa de Juros nos Estados Unidos

Constantemente Donald Trump vem pressionando o FED (Banco Central dos USA) a novos cortes nas taxas de juros, levando-as para patamares negativos.
Segundo a agência de notícias Reuters, o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, em uma análise moderada sobre onde a economia dos Estados Unidos se encontra em meio a sua reabertura, disse que o país pode enfrentar um “período prolongado” de crescimento fraco e renda estagnada, prometendo usar mais o poder do Fed conforme necessário, e fez um pedido para mais gastos fiscais.
Powell diz em discurso que será necessário mais estímulo para tirar EUA de crise causada pelo coronavírus apesar de não especificar o tipo de estímulo que será necessário, ele sugere que congresso pode precisar definir mais ajuda fiscal (passando a pressão não só em sua autoridade monetária para o Governo);
Nesse momento o FED está em reunião para decidir novos cortes, ou não, ou pacotes de recompras de títulos, que provavelmente definirão o caminho de curto prazo para as bolsas dos Estados Unidos.
3 – SP500 e a concentração nas BIG5

No gráfico acima temos 3 cenários no SP500, o preto é o índice na íntegra, o azul apenas as BIG5: Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Alphabet (Google) e em alaranjado temos o SP500 sem essas 5 companhias.
Apesar da forte recuperação no SP500 (principal índice da Bolsa dos Estados Unidos) quando “abrimos” o índice para avaliar o seu comportamento, fica evidente uma alta concentração no “peso” das empresas perante o índice.
Essa informação nós já havíamos trazidos aqui em um webinar realizado em setembro do ano passado, onde citávamos uma possível crise nos mercados norte americanos e essa alta concentração no índice. O tamanho das BIG5 hoje é maior que as 250 outras empresas somadas, de baixo pra cima, do total das 500 do SP.
Se contarmos do ínicio de 2019 até agora, o índice SP500 (preto) já recuperou boa parte das perdas ocasionadas pela atual crise, porém, essa recuperação veio das BIG5 combinadas, que já superam seus valores pré-crise. Essa subida acontece dada a expectativa dos investidores, em relação a assertividade e crescimento de receitas, diante de seus modelos de negócio inovadores e aderentes ao consumidor adequado aos padrões atuais nos períodos de quarentena.
Diante disso, dois são os principais pontos a serem levados em consideração pelo Investidor:
– Primeiro, o preço dessas ações (BIG5) estão negociando em patamares recordes em relação ao lucro que elas geram, sobrando provavelmente pouco espaço para surpresas positivas. Porém, a perspectiva de aumento do crescimento desse lucro futuro (seus modelos de negócio cada vez mais inovadores) é o que sustentaria a continuidade da alta nos preços daqui pra frente.
– Existem ainda muitas oportunidades na bolsa americana, muitas outras empresas sólidas com boas perspectivas futuras que estão sofrendo perda nas cotações com a crise atual. Nesse momento aumentar a posição em Estados Unidos, por meio de Fundos e empresas descorrelacionadas diretamente com essa alta do SP500, pode ser muito interessante para investidores fundamentalistas e de longo prazo.
4 – E a economia real?

A resposta é simples, segue caindo. Esta semana saiu a revisão de previsão para o PIB da Alemanha projetando a maior queda desde a segunda guerra mundial. Assim como para Alemanha as projeções para as demais grandes economias ocidentais, seguem no mesmo caminho. Enquanto os efeitos da COVID19 estiverem presentes na rotina das populações das economias ocidentais, devemos continuar a ter revisões negativas nos dados econômicos.
Segundo dados da Bloomberg: Apesar dos US$ 660 bi de auxílio governamental dos EUA, 50% das pequenas empresas esperam fechar as portas nos próximos 6 meses caso a situação permaneça e 75% delas já dispensaram seus funcionários temporários.
A única grande economia que parece estar retomando toda sua atividade e os dados começam a vir positivos, é a China, segunda maior economia do mundo e maior indústria do planeta. Mas, atualmente, diante de todo esse acontecimento de crise global iniciado pela incapacidade de controle sanitário da China, quem acredita nos dados publicados pelo “Partido Comunista da República Popular da China”?
5 – E no Brasil?
Hoje traremos dados atualizados sobre o comportamento dos investidores no mercado de capitais brasileiro.

Nosso fiel leitor está acostumado aos dados que aqui apresentamos e o que tem guiado o comportamento em modo geral para cada tipo de investidor:
Investidores Estrangeiros
(46% do total): diante do nível de risco (econômico e político) acima do normal e cenário global de incerteza é normal o capital estrangeiro voltar para o país de origem. Esse movimento continua acontecendo com a saída, em fluxo, do investidor estrangeiro na Bolsa Brasileira (em menor ritmo do que comparado a março e abril) conforme gráficos a seguir.


Investidores Institucionais
(Fundos de Investimentos) 30% do total: Seguem positivo nos aportes em bolsa ao longo do ano, os principais motivos seguem sendo os mesmos conforme imagem abaixo.

Devido a manutenção da baixa taxa de juros, e perspectiva de novos cortes na SELIC diante do desaquecimento da inflação e crescimento da economia brasileira, a retirada dos recursos de renda fixa continua intensificando sua trajetória, sendo boa parte desses recursos migrada para o investimento em renda variável para buscar melhores retornos.
Investidores Pessoa Física
(16% do total): CPF registrados na bolsa brasileira e aumento do volume de compras segue batendo recordes históricos.

CPFs registrados e ativos na B3 crescem 400% em relação a 2017, mesmo diante da crise atual, o que mostra essa mudança no comportamento do investidor brasileiro.
Mudança de comportamento do investidor brasileiro
– Perspectiva de continuidade de baixas taxas de juros (remunerando cada vez menos a renda fixa tradicional, já negativa em relação à inflação);
– Aumento da educação financeira e mudança de comportamento do investidor nacional;
– Taxa de retorno dos investimentos na economia real mais baixa que do mercado financeiro, dada dificuldades do cenário econômico para pequenas e médias empresas no Brasil (tende a diminuir ainda mais acentuadamente diante da crise atual);
– Estagnação de preços dos últimos anos no mercado imobiliário tradicional nas principais cidades, devendo ter uma piora (que ainda nem começou) no quadro diante da crise atual;
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– Ótimos produtos e vasta oferta de opções e estratégias para o cliente, pelo acesso a centenas de produtos possibilitados por distribuidoras de investimentos, migrando dos bancos tradicionais com carteiras focadas em crédito;
– Assessoria gratuita especializada em investimentos, com um serviço diferenciado em relação aos bancos (fique a vontade para entrar em contato com a gente);
– Perspectiva futura positiva e oportunidade única na bolsa brasileira em ser sócio das grandes empresas nacionais, diante do cenário atual de forte correções nos preços das ações causadas pela crise atual;
Potencial do Mercado de Investimentos
Ainda existe um potencial muito grande para o mercado de investimentos brasileiro, considerando que existem aproximadamente 900 bilhões de reais apenas na poupança, rendendo negativos em relação a inflação.
Somados a isso temos 4 trilhões de reais investidos nos bancos tradicionais (90% do investimento financeiro dos brasileiros), que gradualmente vão migrando para as empresas de investimento e produtos mais sofisticados.
Estamos no início de uma tendência vivenciada em décadas anteriores nas economias desenvolvidas, aqui 90% dos investidores ainda estão nos bancos tradicionais, grande maioria em produtos desadequados para o cenário/perfil do investidor, sem assessoria qualificada.
Em países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e Inglaterra, o cenário é o oposto, cerca de 85% dos investidores possuem investem com assessores por meio de corretoras, distribuidoras e bancos de investimentos.