A OCDE (Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), instituição que abrange 38 países, representando 60% do PIB global, disponibilizou ao mercado financeiro mundial seu relatório mais recente de expectativa econômica.
Após uma recessão histórica registrada em 2020 por conta da crise do coronavírus, que jogou o planeta para uma forte retração de 3,5% na atividade, a OCDE espera agora que a recuperação econômica deste ano será de 5,8%, superior a última expectativa do relatório publicado em março deste ano.
Para 2022, as projeções também sofreram revisões positivas
Em março deste ano, a OCDE projetava crescimento de 4% para o ano que vem. Agora, a instituição prevê expansão de 4,4% no PIB global em 2022, ano que será marcado por retomada generalizada em várias praças dos níveis de atividade observados em 2019.
Os pacotes de estímulos fiscal muito agressivos praticados por vários países, juntamente com a aceleração dos programas de vacinação, são os principais drivers de forte retomada da atividade econômica.
Segundo expectativa da instituição, a economia global deve crescer este ano no ritmo mais rápido em quase meio século. Desde 1973 não se observava crescimento tão forte como o esperado atualmente.
Revisão da OCDE puxada pelas principais economias do planeta
A projeção de crescimento dos Estados Unidos, que já era muito robusto, foi revisada de 6,5% para impressionantes 6,9% este ano. Na zona do euro, a projeção do PIB saltou de 3,9% para 4,3% em 2021. Na China, a expectativa de crescimento subiu de 7,8% para 8,5% este ano.
Por outro lado, a Índia, um dos grandes países em forte crescimento nos últimos anos que vem roubando a cena global, sofreu redução na projeção para o PIB deste de ano 12,6% para 9,9% em função da crise do coronavírus. Ainda assim, a taxa de crescimento da Índia segue muito acima de seus pares emergentes e uma das mais elevadas no mundo.
Brasil
Para o Brasil, a expectativa de crescimento da OCDE neste ano é de 3,7%, muito próxima da expectativa para o PIB revelada pelo Boletim Focus do Banco Central nesta segunda-feira, de 3,96%.
Entretanto, outros países da América Latina acompanhados pelo mercado estão com expectativas melhores de crescimento na OCE para 2021. A Argentina mesmo em crise deve crescer 6,1%. As projeções para o PIB do México estão em 5%, no Chile em 6,7% e para a Colômbia chegam a 7,6%.
A inflação é um dos pontos que preocupam a OCDE como eventual driver negativo no médio prazo. Por outro lado, a instituição possui uma avaliação semelhante a do FED (Federal Reserve – Banco Central dos Estados Unidos), de que a inflação mais elevada no curto prazo tende a diminuir no médio prazo à medida em que a economia global vai retornando à normalidade.
Quer saber mais sobre os impactos do crescimento mundial em seus investimentos? Preencha o formulário abaixo.