Atualmente, muito se tem discutido a respeito de formas alternativas de se garantir a aposentadoria. Uma das opções mais utilizadas são os fundos de Previdência Privada, os quais visam o longo prazo. Algumas das razões que justificam sua alta adesão são:
- Agilidade na sucessão, vez que o patrimônio não passa por inventário;
- Abatimento fiscal das aplicações no plano PGBL, para investidores que fazem a declaração completa de IR;
- Ausência de come-cotas, ou seja, não há a antecipação do IR nos meses de maio e novembro; e
- Isenção de ITCMD em alguns estados, como Santa Catarina e São Paulo.
Contudo, existem alguns fundos de previdência com altas taxas de administração e baixíssima rentabilidade, a qual, por vezes, fica abaixo do CDI. Por isso, é muito importante que o investidor acompanhe seus investimentos de forma atenta, a fim de identificar se não há necessidade de realizar uma troca no plano atual.
Custo zero
Uma das grandes vantagens da Previdência é a possibilidade de se realizar uma portabilidade para outro plano sem pagar nada a mais por isso, mesmo que seja entre instituições financeiras distintas.
Além disso, quando se realiza a portabilidade, você não perde a alíquota de IR atual. Por exemplo, você já tem uma previdência há 8 anos, ou seja, está na alíquota de 20% de Imposto de Renda. Portanto, ao realizar a portabilidade, você vai manter a mesma alíquota, conforme imagem abaixo:
Esse ponto é importante, pois muitos acreditam que isso acarretará na perda de rentabilidade, vez que seria necessário resgatar e pagar impostos. Entretanto, como não existe a necessidade de resgatar o valor investido, não há também a incidência de impostos. Em suma, não há perda de rentabilidade!
Como fazer a portabilidade de previdência?
Para fazer uma portabilidade de previdência é bastante simples, você precisará:
- Ter em mãos um extrato do seu plano atual;
- Saber qual seu plano e tributação;
- Decidir qual será o novo fundo de previdência; e
- Informar os dados para a instituição de destino.
Além disso, toda a parte operacional será feita pela instituição financeira destino do novo plano, bastando ao investidor realizar o aceite da portabilidade.
Atenção!
Existem algumas restrições na portabilidade de previdência que você deve se atentar:
- Tabela de tributação: Você pode mudar de um plano progressivo para outro progressivo ou regressivo. Caso você siga a tabela regressiva, não será possível alterar para a progressiva.
- Planos: Só é possível migrar para planos da mesma modalidade (PGBL para PGBL e VGBL para VGBL).
Por que realizar uma portabilidade de previdência?
- Taxa de administração muito alta: muitos planos apresentam uma taxa de administração bastante elevada, o que acaba por diminuir a rentabilidade do fundo de previdência. Essa taxa de administração é o valor que o investidor paga pela gestão e administração do fundo e pode variar a depender da instituição. Além disso, deve-se ter atenção com demais taxas que esse fundo possa cobrar, como: carregamento, entrada, saída e performance.
- Baixa rentabilidade: o rendimento do fundo varia conforme diversos fatores, inclusive a sua modalidade, sendo que fundos mais agressivos tendem a ter maior rentabilidade. Em muitos casos, alguns fundos podem apresentar uma rentabilidade muito baixa.
- Mudança de perfil de investidor: pode ser que quando você tenha começado a aplicar em fundos de previdência, possuía um perfil mais conservador. Contudo, agora você passou a se interessar em fundos mais moderados/agressivos em busca de maiores retornos no longo prazo.
- Insatisfação com a atual instituição financeira: além desses fatores, com o tempo, a relação com a instituição financeira pode ter se desgastado. Logo, o investidor pode optar por iniciar uma nova relação em outra instituição.
Além de ser um procedimento muito simples, a portabilidade de previdência pode trazer excelentes frutos no longo prazo. Sendo assim, ao optar por um fundo de investimentos com maior rentabilidade, os juros compostos conseguem atuar ainda mais ao nosso favor.
Desta forma, há uma otimização da rentabilidade gerada pelos aportes mensais que fazemos no fundo de previdência.