Um dos principais questionamentos que circula no mercado financeiro mundial está relacionado a uma eventual aceleração da inflação nos Estados Unidos.
ATA do FED
Na última reunião do Fomc (Comitê de Política Monetária do FED – Banco Central norte-americano), a mediana das projeções para o índice oficial inflação deste ano subiu de 1,8% para 2,4%. Já dentro do núcleo de inflação, índice preferido do FED, a mediana das estimativas aponta aumento de 1,8% para 2,2% em 2021.
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Jerome Powell, presidente do FED, participou de um evento do FMI (Fundo Monetário Internacional) e foi novamente questionado sobre as expectativas de inflação nos Estados Unidos e o que poderia ser feito caso os preços comecem a subir de forma mais agressiva.
Posicionamento de Powell
O chairman do FED adotou o mesmo tom de resposta e posicionamento da autoridade monetária norte-americana, ressaltando que existem instrumentos para serem utilizados em cenário de elevação da inflação, sendo o principal deles a subida da FFR (Federal Funds Rate).
Entretanto, Powell frisou por duas vezes que este não é o cenário-base do FED. Embora a economia esteja se reaquecendo, a autoridade monetária norte-americana considera que é improvável uma alta da inflação no médio/longo prazo. A elevação de preços, observada atualmente e com perspectiva de se manter nos próximos meses, será apenas temporária na avaliação do FED.
Powell acrescentou ainda que a recuperação econômica ocorre de forma desigual nos Estados Unidos, já que mais de 8,5 milhões de pessoas estão desempregadas. Na pesquisa de quartil de menor renda, a taxa de desemprego alcança 20%.
Ainda há riscos!
O presidente do FED disse que ainda há risco para os Estados Unidos, pois os casos de coronavírus estão subindo em algumas regiões do planeta e podem afetar (atrasar) o processo de recuperação da economia.
Além disso, Powell reforçou que o Banco Central dos Estados Unidos continuará com o seu programa significativo de compra de ativos, sem perspectiva de interrupção. Powell afirmou que enquanto não enxergar progresso no duplo mandato da autoridade monetária (inflação mediana de 2% no médio/longo prazo e máxima geração de emprego) não pretende alterar sua estratégia de política monetária.