Os desafios para necessária recuperação da nota de crédito soberana da economia brasileira permanecem chamando atenção das agências de rating. Nesta última quarta-feira, a Fitch Ratigns divulgou seu relatório de reavaliação da nota de crédito soberano do Brasil, mantendo o rating BB-, juntamente com a ingrata perspectiva negativa.
O que é o rating BB-
Rating BB- é uma nota de grau especulativo, três degraus abaixo do patamar mínimo de grau de investimento. O fato de a nota, que já é baixa para uma economia considerada emergente, ser reafirmada por uma importante agência de rating ratifica necessidade de mais ações por parte do governo para trabalhar o quanto antes uma trajetória de recuperação de credibilidade.
Um dos principais problemas domésticos ainda sem solução, que incomodam muito os agentes globais, está na rápida trajetória de crescimento do endividamento do governo brasileiro.
A deterioração fiscal alcançou nível tão agudo que alguns economistas começam a trabalhar com cenário de rompimento do teto de gastos, em função da aparente comodidade com o significativo desequilíbrio orçamentário. No cenário atual, não é possível sequer mensurar com certa convicção quando o Brasil voltará a realizar superávit primário.
Sem alcançar superávit primário, o endividamento tende a continuar crescendo em ritmo muito rápido, cenário que não é muito bem recebido pelos investidores de longo prazo e/ou que aportam recursos diretamente na economia real.
Seja pela via das reformas estruturantes ou pela venda de ativos, fato é que o Brasil precisa encarar com mais seriedade suas contas públicas assim que passar a pandemia. A projeção da Fitch é que a dívida pública brasileira deverá alcançar 95% do PIB já no final deste ano.
Há esperanças
Um dos pontos positivos que podem auxiliar o Brasil no ano desafiador de 2021 será a retomada do crescimento global, puxado principalmente pela China, nossa principal parceira comercial.
Normalmente, aceleradas/recuperações na economia chinesa refletem diretamente na economia brasileira. Além disso, a taxa de câmbio mais competitiva, acima de R$ 4,50 / R$ 5,00, tende a continuar contribuindo para o aumento das exportações. No ano passado, por exemplo, o mercado negociava a moeda brasileira entre R$ 3,50 a R$ 4,00.
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