A incansável disputa do real contra o dólar. A moeda brasileira voltou a ensaiar movimento de retomada de valor frente ao dólar. Durante todo este mês de novembro, pode-se notar, até o momento, uma predominância de mercado comprador de reais.
Impacto na B3
Fluxos positivos de entrada de investidores estrangeiros na bolsa brasileira podem estar contribuindo para o movimento de desvalorização do dólar contra o real, o que denuncia entrada de recursos no mercado local sem apresentar sinais de hedge cambial por parte dos players externos.
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O movimento do real contra o dólar pode estar encorajando os estrangeiros aventurar no mercado de ações local (ainda com certa distância sobre a máxima do pré-coronavírus, enquanto várias outras praças já alcançaram o respectivo patamar), porém ganhando duplamente na conversão de seus dólares para reais.

Pode-se observar no gráfico acima, pela trajetória acentuada descendente do dólar contra real, que o movimento vendedor atual é o mais intenso desde aquele constatado no mês de maio, após a moeda alcançar quase R$ 6,00, onde alguns no mercado consideravam um exagero de pessimismo.
Real contra Dólar
Somente nesta última quarta-feira o dólar caiu cerca de 2% contra o real, acumulando quase 8% de queda desde as eleições dos Estados Unidos, movimento considerado relevante para curto prazo.
A renovação do sentimento bearish em dólar no mercado pode ter sido impulsionado pelo anúncio do Banco Central na noite da última terça-feira. A autoridade monetária brasileira publicou uma nota se comprometendo realizar as operações de rolagem dos swaps cambiais, porém acrescentou que poderá recalibrar o montante ofertado conforme condições de mercado.
A mudança no comunicado provocou interpretação no mercado de que o Banco Central quer deixar a porta aberta para fazer mais ofertas líquidas dos contratos de swaps, o que renova a pressão vendedora no câmbio por ser equiparada com uma venda de dólares no mercado futuro.
O simples comunicado do Banco Central, ainda sem tomar qualquer atitude diferenciada do costume na prática, já serviu de alerta para alguns players de mercado que provavelmente aumentaram a mão na venda da moeda ou abriram posição vendida.
Com este novo tombo de quarta-feira, o dólar renova a mínima do mês, alcançando R$ 5,33, a menor taxa desde o dia 17 de setembro deste ano.
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