Ante a atual situação de queda do mercado, diversas pessoas, que antes nunca haviam investido, se animaram para alocar recursos na bolsa. Apesar de isso mostrar o crescente interesse do investidor brasileiro no mundo dos investimentos, essa pode não ser a melhor escolha, caso esse investidor ainda não possua uma reserva de emergência.
Nesse post explicaremos:
- O que é a reserva de emergência
- Quanto e onde aplicar a reserva de emergência
- A diferença entre reserva de emergência e de oportunidade
O que é a reserva de emergência?
Como ninguém está livre de incidentes financeiros, é recomendado ao investidor que seu primeiro investimento seja uma aplicação segura, de fácil retirada e sem variações. Assim, em caso de alguma emergência, ele terá fácil acesso a esse valor. Ou seja, a reserva de emergência nada mais é do que uma parcela do seu patrimônio que você deve ter guardada com fácil acesso e sem risco.
Ao ter essa reserva, o investidor evita a possibilidade de contrair dívidas decorrente de imprevistos, mas, infelizmente, a maioria dos brasileiros ainda não está preparada para emergências. Os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que no mês de março deste ano, o porcentual de famílias com dívidas era de 66,2%.
Muitas vezes, tal endividamento poderia ter sido evitado com uma simples reserva de emergência. Então, vamos ver como planejá-la!
Quanto devo destinar para a reserva de emergência?
Na hora de definir este valor, é importante levar em consideração se você é um trabalhador autônomo ou CLT, quantas pessoas dependem de você financeiramente e demais variáveis da sua vida que indicam a necessidade de um maior ou menor valor.
O indicado é que essa reserva seja composta por um valor que represente, no mínimo, o seu custo de vida por 6 meses. Ou seja, imagine que seu custo mensal é de R$ 3.000,00. O recomendado é que você tenha, pelo menos, R$ 18.000,00 alocados com liquidez, para resgatar facilmente em caso de necessidade. Há ainda casos em que o indicado é que este valor seja equivalente a 12 meses do seu custo de vida.
Dessa forma, caso você perca seu emprego ou descubra a necessidade de algum procedimento médico, por exemplo, poderá continuar vivendo tranquilamente, pois terá um valor guardado especialmente para essas situações.
Emergência x Oportunidade
Outro ponto importante é diferenciar a reserva de emergência da reserva de oportunidade.
A reserva de emergência somente deve ser utilizada em casos de necessidade, como a perda de um emprego ou imprevistos médicos. A possibilidade de compra de um carro em um valor muito atrativo, por exemplo, não é uma emergência.
Por outro lado, a reserva de oportunidade é aquela destinada para aproveitar algumas situações, exemplos de oportunidades seriam:
- Renda fixa com taxa muito interessante; ou
- Queda no preço de ações de empresas que você acredita.
Entretanto, caso você somente possua a reserva de emergência, o indicado é não utilizá-la quando surgir alguma oportunidade, pois esta não é a sua finalidade e você pode acabar ficando desamparado em caso de necessidade.
Desta forma, o que se sugere é que somente se dê início a uma reserva de oportunidade depois de ter a reserva de emergência bem consolidada.
Onde investir a reserva de emergência?
A reserva de emergência deve esta alocada em ativos com as seguintes características:
- Baixa volatilidade (pouca variação no valor)
- Alta liquidez (facilidade no resgate)
- Segurança
Alguns dos ativos que preenchem essas características são:
- Fundos de Investimentos de Renda Fixa com prazo de resgate no mesmo ou em um dia;
- CDBs com liquidez diária; e
- Tesouro Direto Selic (LFT).
Portanto, ao escolher os ativos, deve-se prestar atenção ao histórico desses fundos para ver como tem sido sua performance. Em relação aos CDB, deve-se buscar aqueles que rendam, pelo menos 100% do CDI.
Atenção
Muitos brasileiros ainda acreditam que manter sua liquidez na poupança pode ser uma boa opção para a reserva de emergência. Porém, o rendimento da poupança consiste em apenas 70% do CDI, ou seja, inferior a todas as opções citadas acima.
Lembre-se: Para saber a melhor forma de investir na sua reserva de emergência, bem como estruturar toda a estratégia da sua carteira de investimento, procure uma assessoria personalizada.
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