Bolsas em queda! Os mercados mundiais seguem sofrendo com alta volatilidade. Marcado pelos impactos da disseminação do Coronavírus, Guerra Comercial do Petróleo e, no Brasil, o entra e sai dos investidores na Bolsa de Valores.
Nova redução emergencial de taxa de juros nos Estados Unidos
O Federal Reserve (Banco Central) dos EUA reduziu neste domingo as taxas de juros para quase zero, reiniciou a compra de títulos e juntou-se a outros bancos centrais para garantir liquidez nos empréstimos em dólares e ajudar a colocar um piso sob uma economia global em rápida desintegração durante a crescente pandemia de coronavírus.
“Os efeitos do coronavírus pesarão na atividade econômica no curto prazo e trarão riscos para as perspectivas econômicas”, afirmou o FED ao cortar as taxas de curto prazo para uma meta de 0% a 0,25% e disse que compraria pelo menos U$ 700 bilhões em títulos nas próximas semanas.
O FED também disse que apoiaria os bancos norte-americanos a utilizar os “amortecedores” de capital e liquidez criados após a crise financeira de 2008 e reduziria os índices de exigência de reserva para 0% em 26 de março. “Essa ação elimina os requisitos de reserva para milhares de instituições depositárias e ajudará a apoiar empréstimos a famílias e empresas”.
Bolsas mundiais caem mesmo após anúncio do FED
Os principais índices futuros de ações do mundo caem de maneira acentuada após anúncio do Federal Reserve e a disseminação da Pandemia do Coronavírus.
O mercado aparentemente deu mais importância à preocupação do Banco Central norte americano em relação ao impactos futuros na economia, do que positivamente às medidas monetárias implementadas.

Investidores internacionais continuam a precificar um cenário muito ruim na economia mundial. Deste modo, a reação do mercado deverá vir em caso de medidas fiscais concretas, e não apenas políticas monetárias expansivas.
Além disso, temos a continuidade da Guerra Comercial pelo preço do barril do Petróleo entre Russia e Arábia Saudita, com a Arábia tentando vender contratos de Petróleo para clientes russos, por um preço menor do que os atuais.
A cotação do Petróleo cai nos mercados internacionais, e no momento, 11h22, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) caem -14,25% e 16,10%, respectivamente.
De volta a 2008?
A Bolsa de Valores brasileira precisou de 3050 dias, desde a máxima em 2008, para atingir a sua máxima histórica de 119.527 pontos em 23 de Janeiro de 2020.
Desde a máxima, precisou de 35 dias para cair cerca de 40% e voltar ao melhor patamar do ano de 2008.
Até quando a Bolsa Brasileira irá cair?
A bolsa tende a continuar caindo enquanto durar a crise de venda de ativos no Mercado Internacional e enquanto o comportamento do Investidor estrangeiro continuar a ser de corrida para a chamada “preferência pela liquidez“: venda de ativos de risco e compra de ativos de proteção (Dólar, Títulos do Tesouro norte americano, Iene, Franco Suíço…).
O Ibovespa vem acompanhado fielmente os movimentos internacionais, sendo guiado pelas vendas por parte dos Investidores Estrangeiros (saldo negativo de 40 bilhões em 2020), com forte retirada de capital, ilustrada na tabela abaixo:

E o comportamento do Investidor Nacional?
Mesmo após as quedas na bolsa, os investidores pessoa física continuam crescendo.
Em uma semana marcada por quatro ‘circuit breakers’, a B3 atraiu mais investidores, que ajustando seu comportamento ao novo rendimento da renda fixa.

O saldo dos Investidores Institucionais no Brasil (Fundos de Investimento) também foi positivo:

Portanto, a semana promete alta volatilidade nas bolsas mundiais, novas medidas contra o Coronavírus e novos estímulos por parte dos governos.
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