Nosso dia a dia é muito dinâmico e nós estamos sempre ocupados em alguma tarefa que nos mantém focados para desempenhá-la com maestria. Enquanto isso, outros eventos ao nosso redor, com igual ou maior importância, urgência ou riscos, surgem e passam despercebidos.
Correria diária X foco
Você já pensou que, enquanto atravessa a rua e, coincidentemente, olhasse pra cima, você facilmente desviaria de algo que estivesse caindo em sua cabeça? Não. Ainda que você faça isso uma vez, certamente deixará de fazer outras vezes que atravessar a rua. E mesmo que o faça, deixará de prestar a atenção no principal, naquele momento: atravessar a rua. O fato é que, como você está focado em atravessar a rua, fica monitorando a velocidade dos carros, desviando de possíveis obstáculos e do ciclista que aparece “do nada” e está em rota de colisão com você.
Felizmente temos sensores e capacidade de processamento para planejar cada tarefa cotidiana e reagir, no caso de um imprevisto, de maneira rápida e efetiva.
No entanto, por mais que o nosso corpo e mente estejam preparados, somos, por natureza, em determinados momentos, desatentos ou focados no evento errado, o que nos faz falhar involuntariamente. Além disso, a cada dia as tarefas ficam cada vez, ora mais complexas, ora sobrepostas – pessoas fazendo duas ou mais coisas ao mesmo tempo.
Riscos = frequência (probabilidade) x severidade
Essa simples fórmula é capaz de quantificar o risco de maneira genérica, e assim classificá-lo em uma escala básica, a saber: alto, médio-alto, médio-baixo e baixo. Para ficar mais claro, segue a escala:
1- baixa frequência e baixa severidade –> Risco baixo
2- alta frequência e baixa severidade –> Risco médio-baixo
3- baixa frequência e alta severidade –> Risco médio-alto
4- alta frequência e alta severidade –> Risco alto
Perceba que há riscos que mitigamos de forma marginal ou simplesmente os ignoramos. Tais riscos podem até ocorrer com alta frequência (muitas vezes, por determinado período), mas são pouco severos, ou seja, causam pouco ou nenhum dano.
Exemplo: você dirige em uma rodovia na qual você está ciente que tem vários (associação à frequência) buracos, mas sabe que eles não são tão grandes (associação à severidade) a ponto de estourar um pneu e causar um acidente. Então, mesmo que você passe por alguns dos buracos, salvo algum desconforto dado o solavanco do veículo, você seguirá seu trajeto em segurança.
Por outro lado, você jamais se arriscaria naquela curva mais fechada do trajeto, em um dia chuvoso e em uma estrada à beira de um precipício.Viu só!? Bastou prever um possível acidente para você pensar duas vezes, reduzir a velocidade e redobrar a atenção antes e durante essa curva.
Enquadrando os riscos
O exemplo da estrada esburacada corresponde ao número 2 na escala acima, e é fácil compreender a preocupação de se evitar o número 4. Ele corresponde ao risco que identificamos por meio do medo e, imediatamente criamos barreiras de proteção para isolá-lo. Entretanto, o número 3 pode nos enganar.
Perceba que, embora a probabilidade seja baixa, a severidade é alta. Então, como não é comum (provável), somos induzidos a negligenciá-lo.
Será? Que tal um exercício hipotético? Considere a colisão de um asteroide com a Terra. Certamente este seria um evento catastrófico, porém com baixa probabilidade de ocorrer. Infelizmente, um evento como esse dificilmente nos daria possibilidade de tomar alguma ação (preventiva ou reativa) para desviar ou destruir esse corpo celeste antes da sua colisão com nosso planeta.
Quanto ao número 3, é sabido que erramos, e como seres humanos estamos cientes disso. Porém, o que algumas pessoas não se dão conta é da quantificação do risco e da gestão sobre eles. Reconhecemos a possibilidade de falhar, mas não sabemos quando ocorrerá e qual o tamanho do seu impacto. Note que isso pode mudar o planejamento de uma vida inteira ou sonhos.
Ainda que alguns danos, quando ocorridos, sejam irreversíveis. No mercado financeiro, há, atualmente, diversas soluções para proteger o investidor desses eventos inesperados com potencial alto de dano.
Proteja-se
Talvez você já tenha adivinhado onde queremos chegar… Isso mesmo, seguros!
Mas atenção, no plural, pois existem diversos tipos de seguros específicos para cada situação e etapa da vida. Façamos uma reflexão: por que fazemos seguro de veículo “contra” roubo se, uma vez que ele seja roubado, não veremos mais aquele carro? Fazemos seguro do carro não porque ele evita o roubo, mas porque, caso ele seja roubado, não desejamos ter a surpresa desagradável de se desfazer de uma renda ou um ativo financeiro para adquirir um novo veículo.
Ou seja, estamos preocupados em proteger nosso patrimônio para eventos pouco frequentes, mas que podem causar um dano significativo (severos). Portanto, a correria diária proporciona desatenção ao foco.
A falta de foco proporciona riscos: combinação da frequência e da severidade.
É verdade que para o caso do asteroide não há muito a se fazer, a não ser torcer para a NASA dar um jeito nele (se der). Entretanto, para muitos outros riscos, existem proteções que se alinham muito bem à proteções otimizadas. Fale com seu assessor de investimentos a respeito deles e fique protegido.
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