Vou começar esse texto perguntando a você, caro leitor: Você sabe o que é um Planejamento Financeiro? E sabe qual a sua relação com um seguro de vida?
Muitos acreditam que o princípio de um planejamento financeiro seja a organização financeira. Além da disciplina, controle de gastos, reserva financeira de liquidez e investimentos que condizem com seus objetivos de curto, médio e longo prazo e toda a seleção de estratégias para chegar aonde se pretende. De fato, tudo isso é verdade.
Mas, o que poucos especialistas falam é que o seguro de vida é um elemento indispensável na hora de definir um planejamento financeiro completo.
O preconceito com o seguro de vida
Ainda hoje, no Brasil, o seguro de vida é visto com um certo preconceito. Isso me leva a crer que seja uma questão cultural e reflexo da falta de educação financeira. E não é à toa que na maioria dos países as pessoas coloquem em prática a pirâmide “A”, enquanto no Brasil, é praticado a pirâmide “B”.

Por este fato, é comum que nós brasileiros, sejamos acostumados a desejarmos o acúmulo de patrimônio, a partir do momento em que aferimos renda, vislumbrando chegar à independência financeira, sem sequer pensar em um mecanismo de proteção. Nos Estados Unidos, a contratação de seguros de vida já é parte fundamental da estratégia financeira.
De acordo com Daian Moura, Head de Seguros da XP Investimentos, o seguro de vida é o segundo tema mais abordado quando você realiza o planejamento financeiro de um cliente nos Estados Unidos. O tema só perde para a hipoteca.
No Japão, cerca de 90% das famílias contam com a proteção do seguro de vida, segundo a consultoria Ernst & Young.
Por outro lado, apenas 15% dos brasileiros possuem seguro de vida, conforme pesquisa feita pelo IBOPE em 2019. Ainda, segundo Daian, este número pode estar superestimado, já que muitos seguros estão embutidos em outros tipos de contratação, como um financiamento imobiliário, por exemplo, e muitas vezes as pessoas nem sabem que o contrataram.
A boa notícia é que…
Na prática, a realidade vem mudando. O Brasil tem a tendência de acompanhar a esteira do mercado norte-americano e a pandemia tem trazido maior consciência às pessoas em proteger seu patrimônio e seus entes queridos. Neste momento de crises e incertezas que estamos passando, o seguro de vida se tornou mais significativo e o reflexo disso foi o salto na venda de seguros de vida em 2020. Mas ainda, precisamos que haja uma mudança de compreensão mais a fundo sobre o produto.
Para isso, pensemos juntos… você sabe mensurar hoje quanto representaria uma eventual falta sua ou incapacidade de geração da mesma renda para a sua vida? E para a vida daqueles que dependem da sua capacidade de geração de renda? Além disso, qual influência isso teria na sua vida e na vida da sua família?
Costumo dizer que apesar da vida de uma pessoa ter valor imensurável, a responsabilidade que ela assume para si e para aqueles que dependem dela é representativo de um determinado valor, e este valor deve ser assegurado. Portanto, se tratando de organização dentro de um planejamento financeiro completo, é imprescindível que o orçamento familiar caiba no seguro de vida. E não que o seguro de vida caiba no orçamento familiar.
O papel do Seguro de Vida
Muitas pessoas acreditam que estão super protegidas e que apenas a reserva de emergência seja suficiente. Porém, não podemos impedir que imprevistos ocorram em nossas vidas. Mesmo quando a saúde está em dia, acidentes e outros contratempos podem comprometer a renda das famílias. Nesse sentido, o seguro de vida fornece proteção financeira para lidar com situações inesperadas de forma inteligente. Assim, garante mais tranquilidade e segurança à sua família e aos seus projetos de vida atuais e futuros.
Engana-se quem pensa que o seguro de vida se refere apenas à morte. Ele pode ter coberturas que englobam diferentes situações ainda em vida. Por exemplo, diárias de internação hospitalar, despesas médicas para doenças graves, invalidez, incapacidade temporária. Por exemplo, um médico cirurgião que quebre o braço vai ficar meses sem exercer sua atividade, o seguro vai indenizá-lo por isso.
Outro mito que precisamos desvendar é que o seguro de vida é algo a ser feito somente por pessoas mais velhas ou que já têm filhos. Os solteiros e independentes financeiramente também podem se beneficiar, não pensando com foco nos beneficiários externos a ele, mas sim como uma ferramenta de proteção financeira para si próprio. Costumamos dizer que seguro de vida se compra com saúde, afinal quanto mais jovem e saudável você é, mais acessível fica o produto.
Sucessão patrimonial
Outra vantagem deste produto está relacionada à sucessão patrimonial. O seguro de vida não é considerado herança, portanto não entra em inventário em caso de morte do segurado.
No Brasil, o que poucas pessoas sabem, é que os custos de um inventário podem girar em torno de 20% do patrimônio total. A conta é simples, vamos supor que uma pessoa tenha 1 milhão em patrimônio, divididos entre imóveis e investimentos por exemplo, será necessário que os herdeiros disponham de 200 mil reais líquidos para terem acesso ao patrimônio do falecido.
Nestes casos, a indenização é garantida aos beneficiários da apólice e pode ser usada para pagar os custos do processo de inventário. Além disso, o seguro de vida é isento de dívidas e penhoras, ou seja, a indenização não pode ser confiscada para pagar eventuais dívidas que o segurado contraiu antes de morrer.
Então se você investe para garantir um futuro mais confortável e quer ter sucesso na sua caminhada como investidor, eu sugiro fortemente que o seguro de vida esteja dentro do seu planejamento financeiro.
E tenha sempre em mente, o seu maior ativo é você mesmo!
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