Ontem, 21 de setembro, tivemos reunião do COPOM e do FOMC, os Comitês de Política Monetária, no Brasil e nos Estados Unidos, respectivamente. Lá fora as taxas foram elevadas em 0,75%, indo para 3,25% ao ano e indicando ainda novas elevações em reuniões futuras enquanto aqui ficaram estáveis.
Juros EUA
Como afirmou o nosso ministro da economia, Paulo Guedes, em visita aos EUA alguns meses atrás, o Federal Reserve (FED) demorou a iniciar o combate à inflação, ficando bem atrás da curva em comparação ao BC, que já colhe os frutos de suas ações.
O arrojo do FED e a expectativa de recessão também serviu para criar uma expectativa de queda dos juros futuros longos americanos. Devem subir forte agora para que o tratamento seja rápido, dolorido e curto, considerando que uma recessão faria um controle de inflação naturalmente.
Juros Brasil
Aqui, já se percebe um fechamento da curva de juros futuros beneficiando as taxas pré-fixadas de longo prazo e os papeis de inflação. Interessante que esses movimentos também favorecem a tomada de posição em renda variável com visão de longo prazo.
Não é sempre que vivemos um momento como esse, com relação risco/retorno favorável tanto para investimentos monetários quanto patrimoniais (títulos e ações), ao mesmo tempo, em que investimentos no exterior são desestimulados e devem permanecer apenas nas carteiras de investidores realmente agressivos.
Cenário para os investidores
Para os conservadores, temos hoje juros reais em títulos pós-fixados (juros menos inflação) atrativos para um horizonte de até 2 anos e fundos de investimentos de baixo risco e com liquidez, para manter o caixa bem remunerado.
Moderados e agressivos podem se beneficiar de pré-fixados com horizonte de 2 a 4 anos e ainda taxas reais em topo histórico para papéis híbridos (os que pagam inflação+taxa) de longo prazo, com vantagem para os isentos de imposto de renda e que pagam cupons, reduzindo o duration. Fundos multimercados que costumam performar com ciclos longos de queda ou elevação de juros, devem continuar atrativos assim como vem sendo desde que iniciou este ciclo de alta.
Para os agressivos, embora não seja interessante aumento de posições estrangeiras, o momento é perfeito para o mercado acionário, com empresas e fundos imobiliários baratos como estão. Carteiras de ações, com estratégias específicas e balanceamento, além de fundos de investimentos adequados a cada propósito, devem ser considerados para não haver exposição indevida e arriscada demais.
E aproveito para lembrar a importância da utilização da previdência privada, com vantagens tributárias únicas e uma ampla gama de produtos que temos acesso via XP Investimentos.
Este texto possui caráter meramente informativo, não representando nenhum tipo de conselho ou recomendação.