O mercado financeiro conta com diversas expressões que são utilizadas com frequência no dia a dia, tendo inclusive muitos termos em inglês, o que, por vezes, podem assustar os investidores iniciantes.
Entretanto, essa variedade de termos não deve ser um impeditivo para você iniciar no mundo dos investimentos. Assim, elaboramos esse dicionário iniciante para auxiliar você com os principais termos do mercado financeiro.
4 livros de investimento para iniciantes
- Ações: também chamadas de “papéis”, consistem na menor fração de uma empresa, dividindo-se em ordinárias (ON) e preferenciais (PN).
- Benchmark: índice de referência, que tem por objetivo a atuação como um parâmetro comparativo, sendo bastante útil para a análise de performance de um determinado ativo, bem como uma carteira de investimentos. Os benchmarks mais comumente utilizados são CDI e o Ibovespa.
- Banco Central: é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Economia, que atua para controlar a inflação no país. Foi criado em 1964 e executa a política da moeda e de crédito do Conselho Monetário Nacional (CMN).
- CDB: a sigla significa Certificado de Depósito Bancário, o que consiste em uma dívida emitida por um banco como forma de captar recursos para realizar empréstimos. O investidor aplica seu dinheiro, ou seja, empresta ao banco, em troca de uma taxa previamente estipulada a qual pode ser pré ou pós fixada.
- CDI: a sigla significa Certificado de Depósito Interbancário e ele funciona como um índice de referência para as aplicações de Renda Fixa. O CDI possui uma taxa muito próxima à Selic.
- Come-cotas: consiste na antecipação do Imposto de Renda que ocorre nos meses de maio e novembro em fundos cambiais, de renda fixa e multimercados. Incide na alíquota de 15% nos fundos de longo prazo e 20% nos de curto prazo.
- COPOM: é o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o qual se reúne a cada 45 dias para determinar a Taxa Selic Meta.
- Corretagem: é a taxa cobrada pelas corretoras de valores para realizar operações de compra e venda de ativos de Renda Variável. Ela serve tanto para bancar os custos envolvidos na operação, quanto para remunerar o trabalho das corretoras.
- CVM: é a Comissão de Valores Mobiliários, uma das entidades supervisoras do Sistema Financeiro Nacional. Assume tanto funções executivas como a fiscalização das instituições sob sua responsabilidade, quanto funções normativas. É a responsável pela fiscalização dos fundos de investimentos, por exemplo.
- Day trade: consiste na operação de compra e venda de determinada ação no mesmo dia. Há a incidência de 20% de Imposto de Renda nesta operação.
- ETF: os ETFs são fundos de investimentos negociados em bolsa, sendo bastante comum nos Estados Unidos. A sigla significa Exchanged Traded Fund e estes consistem em fundos que replicam a performance de determinado índice, consistindo em uma gestão passiva. O ETF mais conhecido no Brasil é o BOVA11, que replica o índice Bovespa.
- FGC: a sigla significa Fundo Garantidor de Crédito e ele funciona como uma espécie de reserva entre as instituições financeiras para que, em caso de liquidação, seus investidores não sofram prejuízos, já que estarão garantidos pelo FGC. Algumas das aplicações que contam com essa segurança são: CDB, LC, LCI e LCA.
- FIIs: Os Fundos de Investimentos Imobiliários funcionam de forma bastante parecida às ações, contudo, estes são lastreados em imóveis, e não em empresas. Desta forma, é possível comprar cotas de fundos imobiliários de diversos setores (shoppings, escritórios, galpões logísticos) por meio da bolsa de valores. Além da oscilação das cotas, ocorre também a distribuição mensal de dividendos.
- Fundos de Investimentos: consistem na união de recursos de diversos investidores, os quais são geridos por uma equipe especializada. Os fundos podem ser de Renda Fixa, Variável, Multimercados, Cambiais, etc. A depender da sua classificação, haverá diferentes regras de tributação.
- Ibovespa: consiste no principal índice da bolsa de valores brasileira, sendo composto por 65 ações de 61 empresas diferentes. O grupo de empresas que integra o Ibovespa é renovado a cada 4 meses e para participar dele, é necessário que a ação tenha sido negociada em pelo menos 95% dos pregões nos últimos três anos, não ter valor inferior a R$ 1,00 entre outras condições.
- Indexador: os indexadores são índices utilizados geralmente na estipulação de taxas de Renda Fixa, exemplo disso é o IPCA, CDI e IGPM. Desta forma, um CDB, por exemplo, pode ter sua taxa atrelada a um indexador (CDB Banco X com taxa de IPCA + 3,50%).
- IR: salvo algumas exceções, há a incidência de Imposto de Renda na maior parte dos investimentos. No caso de Renda Fixa e Fundos de Investimentos, por exemplo, ele é retido na fonte. Já em caso de compra e venda de ações (acima de R$ 20mil/mês), é necessário que o investidor apure seus lucros e preste contas com a receita.
- IOF: é o Imposto sobre Operações Financeiras, no caso dos investimentos, há a incidência de IOF quando determinada aplicação de Renda Fixa é resgatada em menos de 30 dias, obedecendo tabela regressiva.
- IPCA: a sigla significa Índice de Preços ao Consumidor Amplo, sendo comumente conhecido como inflação. o IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, sendo estabelecido pelo IBGE mensalmente. É importante saber o valor do IPCA, para entender qual a rentabilidade real dos seus investimentos.
- Liquidez: é o tempo que determinado ativo leva para se transformar em caixa. A liquidez das ações, por exemplo, é de dois dias, pois este é o tempo que leva entra a venda do papel e a liquidação financeira do valor na sua conta.
- Previdência Privada: Basicamente, consiste em uma modalidade de fundo de investimento com algumas regrinhas especiais, principalmente em relação à tributação. Deve ser utilizada para objetivos de longo prazo.
- Renda Fixa: consiste na modalidade mais segura e conservadora de investimentos. Além de ter menor volatilidade que a Renda Variável, a taxa da aplicação é pré determinada, de forma que você sabe exatamente quanto o ativo pagará caso você deixe até o seu vencimento. Além disso, a maior parte dos ativos conta com a garantia do FGC.
- SELIC: A Taxa Selic consiste na taxa básica da economia brasileira, sendo utilizada, principalmente, pelo Banco Central como forma de controle da inflação. Desta forma, ela impactará diretamente nos seus investimentos.
- Suitability: é a forma que muitas corretoras denominam o perfil de investidor. Ao abrir sua conta em uma corretora, você responderá a um questionário para descobrir se o seu perfil é conservador, moderado ou agressivo.
- Volatilidade: consiste em uma medida que aponta a frequência e intensidade das oscilações no preço de um ativo em um determinado período de tempo. A partir dela, o investidor consegue compreender qual a variação estimada para certo ativo.
- Taxa de administração: consiste na taxa paga a um fundo de investimentos para que este consiga arcar com todas as despesas inerentes ao seu funcionamento. Estas taxas costumam ser mais baixas em fundos de gestão passiva (em torno de 0,5%) e ficam em torno de 2,00% em fundos mais sofisticados. Contudo, estes valores podem ser diferentes a depender de cada fundo.
- Taxa de performance: é a taxa paga à equipe de gestão do fundo quando este obtém uma rentabilidade superior a determinado indicador que utiliza como benchmark. É comum, nos fundos de ações, por exemplo, a existência de taxa de performance quando estes têm uma rentabilidade superior ao Ibovespa.
Espero que esse dicionário com os termos do mercado financeiro auxilie você nesse início no mundo dos investimentos.
Com o passar do tempo, estes conceitos se tornam cada vez mais fáceis de se compreender. Sentiu falta de algum termo do mercado financeiro? Então não hesite em nos questionar nos comentários.